Eu sempre acreditei que mesmo pelo fato de termos uma família autoritária e castradora não era impecilho para fazermos nossas próprias escolhas. Ao ler o artigo da revista Vida Simples sobre o Peso das escolhas, onde mencionam Jean-Paul Sartre, voltei ao passado, quando ainda era praticamente uma pessoinha entrando na adolescência, e me encantei pela frase de Sartre: "não importa o que a vida fez de você, mas o que você faz do que a vida fez de você". Eu a escrevi em um pedaço de papel e a preguei na cabeceira de minha cama. A partir desse momento eu não poderia mais me iludir. Ou eu fazia algo verdadeiro por mim ou seria mais uma naquela família a seguir padrões com os quais não concordava. E todo processo de escolhas parte dessa tomada de consciência sobre quem você é. Ou seja, você não é extensão de ninguém. Você está com as pessoas e deve ser simplesmente você.
Passados alguns bons anos, uns 34, sinto o peso delas sobre mim. Todos os dias eu faço uma reflexão sobre as minhas escolhas. Em que foram embasadas? Foi uma reação às escolhas de outros? Aonde cheguei foi realmente fruto de minhas escolhas?
Crise instalada e bem vinda. A crise é geradora de vida e mudança. Meus questionamentos não são diferentes dos de outras pessoas. Os problemas podem ser diferentes, mas as questões, todo ser humano anda às voltas com elas. O que precisamos entender quais são os valores que permeiam nossas escolhas e sermos o máximo coerentes possível nas nossas atitudes.
Entender as crises e se encontrar nelas é a peça fundamental nesse quebra-cabeças que é a vida.
Minha sábia amiga...lendo vc me lembrei da musica: "...vivendo e aprendendo a jogar...", as vezes enchemos o peito para dizer que "somos", outras tantas nos sentimos "nada"...fico aqui pensando que SOMOS um NADA, mas que juntos formamos um TUDO.
ResponderExcluirIsso é viver creio eu, aprendendo a SER TUDO, com consciencia de que não sou NADA!
Bjsss