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Ao ouvir outras pessoas sobre suas alegrias, angústias e dúvidas quis compartilhar minhas impressões sobre esses momentos que vivencio no desejo de ser útil.

Ao lê-las, comente-as. Deixe sua ideia, sua impressão.

domingo, 19 de julho de 2009

Ao seu toque - poema de amor

Quando tudo parece um caos, uma sensação de amor invade e quero estar junto a você.
Quero esquecer palavras duras e gestos sem jeitos.
Quero dedicar a você o meu sentimento e palavras.

Ao seu toque,
Quando chega a noite,
A cabeça começa a mergulhar no sentimento e não há mais razão para pensar.
Sobra espaço apenas para sentir.
A pele se ouriça de prazer ao sentir a cena em que tantas vezes me tocou.
Meus olhos se fecham de prazer e a boca umedece meus lábios.
Minhas entranhas delicadamente se abrem para o imaginável toque de suas mãos.
Surpreendentemente sua boca toca minha boca e sua língua invade meu céu de prazer.
Gemidos e sussurros são esvaziados de meu peito.
E deixo-me entregar-me ao seu corpo.
Ficamos como um de dois.
Olhamo-nos como a lua olha o lago profundo de nossos olhos.
E eu me aninho em seus braços que me aconchegam durante o meu suave adormecer.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Vida de linhas

Eu tenho me perguntado sobre por que caminhos andarei.
Isso não tem representado vacilos diante da vida.
Acontece que a vida tem me dado muitas escolhas.
Sou ampla, flexivel, ousada.
A vida acredita em mim. Eu acredito na vida. Somos parceiras no caminhar.
Às vezes ando pela via da quietude e de planos serenos.
Outras, prefiro andar por desafios e destino incertos.
Muitas vezes me sento e espero ela trazer-me o que melhor me convier.
Mas nunca aconteceu dela abandonar-me.
Eu estou nela e com ela escrevo essas linhas.

A verdade

Por mais dura que possa ser a verdade, ela será sempre bem vinda.
Como uma lufada de vento em nossa face ela será sempre o alívio das dores, incertezas e enganos.
Não há nada que não seja concreto, real que permaneça em pé diante de sua chegada.
Traz incômodos quem dela não se faz íntima.
Invade quem não se permite ir ao seu encontro.
Acreditamos que ela fira, mas cura quem dela se apropria.
Quem a teme, ela assusta.
Mas a quem ela abraça é tomado de coragem e valentia.
Muda sem pedir licença.
Impera onde não a conheçam.
A verdade não se constrói, ela existe.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Incertezas reveladoras

Diante das incertezas que teimam em permanecer a rondar-me qual uma nuvem pesada, que vento nenhum ousa soprar, minha mente espera a solução vinda por si só.
Nenhum atropelo. Nenhuma pressa.
Meu espírito acalma-se e languidamente vive seu momento de expectador.
Não há tensão. Não há pressão. Há um desejo de viver e de encontrar o caminho e percorrê-lo.
Despertar somente quando o momento chegar.
Jamais trair e esconder o sentimento posto sob o julgo do sentir do outro.
O despertar acompanha o mistério pela curiosidade de ser, de estar e de se deixar conhecer.
Enquanto isso, sóis e luas cairão e subirão aos céus e terras. Cobrirão vales, montanhas, estradas, povoados.
E estarei sedenta de uma partícula pequena da verdade de cada um de nós.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A espera

Numa tarde longa vi-me sentada sob uma árvore frondosa.
Esperei o tempo correr entre nuvens e pus-me a compor histórias.
Nenhum objeto ou ser cumpriu seu tempo atravessando o meu.
Supus estar só, mas o vento confidenciou-me um mundo presente e borbulhante ao meu redor. Estranhei minha paciência diante de rostos aflitos e corridos.
As horas transcorreram. A tarde se foi.
E eu, postada sob a árvore frondosa seguia na minha espera.

As mulheres como eu

As mulheres como eu sabem que são presentes na vida de seus homens.
Fazem o dia se tornar noite.
Despejam líquidos insanos.
Derrubam muros sociais.
Mudam peças de lugar.
Transformam a água em vinho.
Sublimam as histórias mal contadas e preparam meninos para fazerem a história do futuro.
As mulheres como eu não param.
Andam.
Correm.
Atravessam caminhos que sabem aonde vão dar.
Mulheres como eu não têm medo da verdade. Elas as aceitam como forma de mudança.
Elas despertam desejos e atraem realizações.
Se preparam para a luta e se vestem de paz.
Elas estão simplesmente aonde querem estar.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Quando a casca se rompe

Quando a casca se rompe temos medo da exposição.
Temos medo da falência e da agressão.
Temos medo de não sermos mais o que temos sido e de nos ver despidos diante da multidão.
Nos recuperamos. Nos transformamos.
É o que sabemos.
O medo não causa medo. É a nossa força em movimento.
É a deixa para enfrentarmos o momento.
Se acaso não acertarmos, nos encontraremos nas estradas da vida percorrendo o nosso caminho.
Que com certeza nos levará a algum lugar.
Não se surpreendam quando nos vir chorando e no outro momento rindo.
A vida já provou-nos que ela é feita de revezes. E às vezes muito rápido.
Rápidas somos para agarrar os momentos sofridos para transformá-los em momentos verdadeiramente vividos e plenos de existência.
Esta é a nossa lição!