Viva os 44! Ou pode ser um 4.4.
Tem potência, tem sede, total flex para aventuras, movido a muito gás.
Aos 44 me pergunto o que mais tenho para descobrir sobre mim.
Assusto com a possibilidade do infinitamente ser possível eu ser.
Busco o que tenho de concreto, descoberto, exposto e cavo no meu ser o que ainda tenho de latente e potencial.
Como sei que existe? O meu olhar pelo mundo, pelo interior das pessoas, pelo arredor. Ele me denuncia e me mostra o que vem de dentro como fogo que queima mas sem consumir. Sempre aceso. Ele está iluminando minha alma, meu caminho.
Quem chega perto pode se queimar, mas nao se afasta, tal como uma naja magnetizada pelo seu encantador. Às vezes, o encantamento é fulgás, fazer o que? Nem sempre correspondo aos anseios dos outros. Mas outros permanecem sempre encantados e tentam se manter aquecidos nesse fogo que lhes forneço.
Minha alma aquece e acolhe o frio e latente ser. Posso abrigar pequenos, grandes, mas jamais dou cobertura aos que buscam a exploraçao imediata sem nem ao menos dar-me chance de compartilhar o prazer e a certeza de que depois desse encontro posso dar também o conforto de sempre estar.
Caminhei para chegar aqui certa desse meu eu, inteiro, correto e pulsante de vida sem me acovardar. Tropecei. Cai. Ergui-me e caminhei pacientemente e persistentemente, conhecedora do meu destino.
Teimei. Cedi. Cumpliciei-me para ganhar tempo e terreno, mas nao me violentei, nao explorei. Nao me perdi.
Um dia achei que era um vaso colado depois de uma queda. Me desesperei por nao reconhecer-me dona de mim.
Mas o tempo foi mostrando-me como ver-me de outra forma. Pude aproveitar os cacos e fazer a colagem que melhor me conviesse.
Nasci. Criei-me. Reinventei-me.
Eis agora EU, pronta a cada ano para ser mais eu.
Sem medo de ser feliz.
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