Histórias de encontros podem ter um toque de fantasia. Mas com certeza não por serem contadas por quem as viveu, sim porque elas na realidade são envoltas no que há de melhor no ser humano. Os bons encontros despertam em nós o que temos de mais saudável. Eles são carregados de expectativas e perspectivas positivas.
E ademais, nunca encontramos alguém, em quem estamos interessados, e prevemos coisas desagradáveis. Acreditamos que esse pode ser enfim, nosso par ideal. Assim, aconteceu comigo em doze de janeiro.
Andava meio triste por não ter ainda encontrado alguém para dividir as horas, os minutos de minha vida. Já estava cansada de fatos e casos fortuitos. De tantos encontros e desencontros. Amor de verdade não é como comprar um saco de pipoca. Você come e depois se quiser pode comprar mais. Não, não é assim. É trabalhoso. Requer paciência e muita disponibilidade.
Mas depois de um tempo você descobre que precisa mais do que disponibilidade para encontrar alguém que valha a pena compartilhar sua vida.
Precisa-se de três coisas: convergência de interesses, empatia e que seja a pessoa certa para você, ou seja, atenda aos seus principais pré-requisitos.
E com esse estado de espírito fui para a festa de aniversário de uma amiga num bar. Eu havia organizado essa comemoração enviando convites para alguns poucos amigos dela.
Cheguei antes de todos ao local. Os outros foram chegando aos poucos. E nada da aniversariante. De repente chega Nivaldo acompanhado de Ari, seu amigo de muitos anos. Levantei-me para recebê-los e de forma inusitada abracei Ari como se tivesse o reencontrando depois de muito tempo.
Todos nos sentamos e logo em seguida chegou a aniversariante, Valéria, toda, toda. Batom vermelho, blusa vermelha, esbaforida como sempre.
Conversamos sobre o que cada um fazia, onde morava e o que gostava de fazer. Eu me encontrava nesse momento entretida em uma conversa paralela com uma outra amiga, Kika, e já não prestava atenção nas outras conversas.
Papo vai, papo vem, Ari contou para Valéria que pela manhã havia ido a uma loja de móveis para comprar um sofá. Apenas não havia decidido por qual tecido iria optar. À conselho da vendedora, queria levar uma mulher, ou namorada, ou qualquer uma de sexo feminino para ajudá-lo na escolha. Minha amiga não se conteve: Leve Roberta! Isso, mesmo. Ela tem jeito para a coisa. Pronto, a culpido querendo resolver o problema amoroso de uns e o problema de gosto de outros. Sempre muito prestativa ela, claro.
Nesse momento entrei na conversa. Ir aonde? Com quem? Fazer o quê?
Me colocaram à par do decidido e combinado. Na manhã seguinte acompanharia Ari até à loja de móveis.
Ao final da noite, já de madrugada, Ari nos deixou em casa uma a uma. Muito gentil da parte dele.
Amanheceu. Acordei me lembrando do compromisso, e como não deixo nada pendente, liguei para Ari para marcarmos o horário de irmos juntos. Uma hora depois ele já estava em minha porta.
E assim fomos os dois de mãos dadas. Ajudei-o a escolher o melhor tecido para o sofá. Agora era hora de olharmos um para o outro de forma diferente. Estávamos assim, como namorados. Ele propôs pegarmos a estrada e passearmos sem destino. Foi uma tarde maravilhosa como são todas ao lado de quem você está enamorada. A paisagem era belíssima! O dia parecia cúmplice desse encontro.
E assim permanecemos de mãos dadas por todo o tempo.
Desde então não nos separamos. Um ano e três meses depois nos casamos e estamos sendo felizes. Assim, simplesmente. Com o melhor que temos para oferecer um ao outro. Numa proposta de sermos reais e não personagens fictícios de uma história de amor. Qualidades, defeitos, respeito e habilidade para amar o outro.
A estrada que escolhemos viajar é longa, sobretudo quando optamos por uma vida à dois.
Adoro te ler Cotinha!!! Um beijãoooo
ResponderExcluirAmiga relendo aqui sua historia, dai pensei, agora precisa escrever sobre o casamento e depois sobr a vida a dois, visitas dos filhos,dos amigos, enfim, q tal um diario de bordo do depois: E VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE!"?
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