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sábado, 9 de outubro de 2010

Sonhos não são para os que dormem. São para os que caminham acordados

Para uma pessoa querida.
A primeira coisa que faço pela manhã é abrir a porta de meu apartamento e pegar o jornal para ler as últimas notícias.
Nesse sábado de primavera de 2020, minha atenção se volta para a sessão de programação cultural.
Eis uma grande surpresa: vejo estampado o nome de uma velha conhecida. Sou transportada para dez anos atrás em uma sala de aula.
Estamos conversamos sobre nossos sonhos. Shellah abre seu coração para mim. Me impregna de sua energia e projeta sua vida como uma película de filme digna de ser assistida.
Fala-me sobre sua formação familiar que influenciou sua vida profissional e pessoal. O pai foi figura marcante em sua vida. Representou o contato com o novo. Ela se embriaga com sua lembrança e se alimenta de sua influência. Sua mãe, um porto seguro, surge na lembrança como símbolo do "mesmo", da rotina que se interpõe entre os que desejam voar. A mãe lhe deu o nome, o pai lhe deu os sonhos.
Um sonho ela realizou. Ter uma filha e oferecer um mundo de possibilidades para ela. Ela precisou se reinventar. E assim trilhou seu próprio caminho. O caminho idealizado para romper com o "velho". Caminho percorrido com coerência e criatividade. Na maternidade foi ser filha de outras mulheres. Foi dar aulas de respiração para senhoras de oitenta anos. Se fez estando com outras à sua semelhança.
Confessa-me que neste momento ela deseja ir mais além. Parece que foi ontem que eu a ouvi desenrolar o novelo de sua vida para mim.
Saio da sala de minhas memórias e fixo novamente minha atenção no nome de Shellah.
Sua foto está lá. Ela radiante e ladeada por uma moça vistosa ao seu lado. Mãe e filha. Na coluna abaixo de sua foto, divulgação de sua exposição no Mube. Mais uma instalação de sua autoria integrando as letras e as artes plásticas.
Shellah atendeu ao chamado das ninfas e realizou seus sonhos. Sonhos concretos e etéreos. Mas com certeza, realizados.

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