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sábado, 25 de setembro de 2010

A loucura de cada um

São oito horas da manhã e já estou desperto. O dia mal começou e me vejo irrequieto. Não sei em que momento do dia irei me aquietar.
Já acordo com a alma ansiosa, mexida. Apesar da longa noite bem dormida prevejo um dia fervilhante.
Sinto uma vontade de externar todo esse turbilhão pelas ideias instaladas e desorganizadas em minha mente.
Olho para o criado-mudo em busca de apoio. Procuro meus livros de cabeceira para adentrar as histórias, as viagens de outros. Mas não estão lá. Por um descuido meu, ao limpar este espaço eu os retirei.
Sou tragado pela rotina do meu dia. À medida que as horas vão passando a inquietação vai se tornando mais visível. Nem os vários goles de café são capazes de disfarçar minha ansiedade. Não consigo mais me concentrar em minhas tarefas. Consulto as horas a cada minuto e a cada hora. Tenho sede? Tenho fome? Que falta é essa que me acomete?
Chego em casa à cata de meus livros. Encontro-os no chão ao lado de minha poltrona na sala. Me acomodo nela. Minhas mãos seguram avidamente um livro. Percebo que ele é extensão delas. Respiro aliviado. Já não sinto a pressão em meu peito.
- Doutor, esse vício tem cura?

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