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domingo, 12 de setembro de 2010

Tamanho é documento

Certa senhora, de meia idade, divorciada há pouco tempo, não tinha, ainda, encontrado a chance de se aventurar no terreno amoroso e quem dirá no sexual.
Porque você há de convir que são coisas muito diferentes. Amor para quem está ferido pode ser ameaça aos seus sentimentos. Sexo... Bem, sexo pode ser tão bom que você não vai querer outra coisa, e daí pode não conseguir um parceiro a altura para satisfazê-la.
Mas assim mesmo, a senhora aceitou um convite para jantar de um certo senhor que a havia conhecido em uma festa.
Dia marcado, hora apropriada para um encontro com segundas intenções, a senhora se arrumou de forma elegante e em seu carro saiu de casa. É claro que com toda ansiedade e o coração aos saltos como se fosse a sua primeira vez. 
A verdade é inegável quando nos dispusemos a nos envolver novamente com alguém, após um rompimento amoroso, mesmo que seja furtivamente, nos causa insegurança e sentimentos próprios de um ou uma adolescente.
Mas ela foi corajosa. Seguiu em frente, apostando quem sabe na realização de seus desejos, ainda confusos pela pouca experiência.
Tudo bem que o senhor não fazia o seu "tipo". Mas depois de um certo tempo é melhor deixarmos essa bobagem de lado e irmos logo ao ponto crucial. As mulheres, e talvez os homens, desejam companhia, sexo de qualidade e alguém para chamar de seu. Nem que seja por pouco tempo.
E lá ia ela em seu carro pelas ruas ao encontro.
Detalhes do encontro ficaram restritos às quatro paredes, mas um ela deixou escapar.
Depois do jantar, conforme combinado e como parte do ritual do acasalamento, eles entraram no jogo de sedução.
Ela nervosa, ele cuidadoso.
Ela na expectativa. Ele fingindo total segurança.
Delicadamente se entregaram após um acordo silencioso de apenas usufruírem daquele momento.
Mas a senhora toda desconcertada, exposta em sua nudez, deitada e sentindo-se desconfortável, olhava por todo ambiente pensando em como havia parado naquele quarto. Procurava em sua mente um motivo que a teria levado a aceitar aquele encontro.
De repente, olhou para um canto do quarto e visualizou um minúsculo sapato. Pensou ser seu, mas reparou que eram bem masculinos. 
Após um tempo, o senhor se levantou, se trocou, calçou aqueles sapatos e ela decepcionada se recusou a acreditar que se deitara com um homem que calçava o mesmo número que o seu.
Aquilo não! Já era demais para ela. Jurou não encontrá-lo mais. Contrariava o seu ideal de homem macho.
E assim acrescentou aos pré requisitos de um parceiro ideal. Pelo menos seis números a mais que o dela.

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